Cidades secundárias e corte de gastos são tendências de viagens


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Categories : Viagem & gastronomia

Pesquisa mostra que acontecimentos globais impactam na escolha de destinos e que redes sociais e inteligência artificial ainda não superaram sugestões boca a boca

Aumento na procura por cidades secundáriasviagens mais econômicas e foco em destinos de praia revigorantes são tendências que poderão ser vistas ao longo do próximo ano. Estes são alguns dos resultados do relatório anual NowNext’25, divulgado em primeira mão ao CNN Viagem&Gastronomia pela plataforma de viagens multimodais Omio.

De olho nos acontecimentos globais, o estudo mostra que boa parte dos respondentes farão escolhas com mais planejamento e controle de gastos, o que a plataforma chama de “viagens intencionais“.

“O que não mudou é a determinação em explorar. O desejo de viajar continua forte e, mesmo com dificuldades, os viajantes encontram um jeito. Nosso relatório revela uma nova era de viagens conscientes, inteligentes e com foco em valor”, diz Veronica Diquattro, presidente de B2C e Supply da Omio.

Em parceria com o instituto de pesquisas YouGov, foram entrevistadas mais de 10.555 pessoas que pretendem tirar férias nos próximos 12 meses. Os indivíduos são da Itália, Espanha, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Austrália e, pela primeira vez, do Brasil, aproveitando o início das operações da plataforma em território nacional.

A pesquisa online foi realizada entre 6 e 25 de agosto, em que os números receberam uma ponderação uniforme para cada país para produzir um valor “médio”.

Destaques da pesquisa

Os acontecimentos globais têm impactado como as pessoas viajam. 69% dos entrevistados que pretendem tirar férias pelo próximo ano afirmam que seus planejamentos levam em conta o cenário mundial, sendo que 33% vão preferir países mais estáveis e considerados seguros.

O aumento no custo de vida também tem sido um desafio, mas 38% dos viajantes globais disseram que vão priorizar viagens em detrimento de outros gastos não essenciais. No recorte do Brasil, a porcentagem aumenta.

“50% dos brasileiros que podem viajar nos próximos 12 meses afirmam que viajar é uma prioridade em comparação com outros gastos não essenciais, significativamente acima da média global. Já 25% consideram viajar sua principal prioridade, em comparação com a média global de 9%”, diz Vitor Lalor, gerente geral da Omio para o Brasil.

Para controlar as finanças, entram no radar flexibilidadeviagens fora de temporada e planejamento com mais antecedência.

A pesquisa mostra que a Europa está na liderança da preferência de viagens dos respondentes, com os europeus priorizando movimentações dentro do próprio continente. Excluindo a América do Sul, os brasileiros do estudo mostram favoritismo por viagens pela Europa, com 17% das respostas, seguida pela Ásia (11%) e América do Norte (9%).

Dados da Omio apontam que Itália, Espanha e França são os principais destinos europeus. Porém, em comparação com 2024, aumentos significativos de reservas foram registrados para Bélgica, Noruega, Suécia, Polônia e Reino Unido.

O que os viajantes estão buscando

Redes sociais e inteligência artificial são usadas pelos viajantes para inspirações e dicas de viagens, com 29% e 9% das respostas respectivamente. No entanto, o estudo revela uma surpresa: 42% preferem recomendações de viagens passadas e 39% ainda acreditam no boca a boca.

Mas há uma diferença etária. Dentro do recorte da Geração Z, 49% dos entrevistados usa as redes como inspiração, sendo que o número cai para 11% entre os Baby Boomers.

Entre os tipos de viagens mais buscados, 46% dos viajantes querem um descanso na praia, sendo que 51% querem voltar revigorados. Para 21% de todos os entrevistados, destinos menos conhecidos são a bola da vez, motivados por preços mais baixos, menos multidões e atrações únicas.

Nesse escopo, dados da Omio revelam que houve um aumento de 34% nas reservas para cidades secundárias ano a ano.

Segundo o gerente geral da Omio para o Brasil, o país também tem potencial de crescimento neste quesito. “Gramado e Foz do Iguaçu, por exemplo, têm investido em atrações para impulsionar o turismo durante todo o ano”, exemplifica Vitor.

No geral, as cidades secundárias que tiveram aumentos mais expressivos na plataforma são:

  1. Segóvia, Espanha (aumento de 96%)
  2. Múrcia, Espanha (86%)
  3. Bari, Itália (85%)
  4. Antuérpia, Bélgica (69%)
  5. Ghent, Bélgica (66%)
  6. Málaga, Espanha (63%)
  7. Faro, Portugal (51%)
  8. Cracóvia, Polônia (51%)
  9. Bruges, Bélgica (49%)
  10. Roterdã, Holanda (49%)

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